Vídeos

Os depoimentos aqui selecionados fazem parte de um vasto material produzido por Narciso Pires, em parceria com Silvia Calciolari e Fábio Bacila através da ONG DH PAZ (Direitos Humanos para a Paz). Ao todo estão disponibilizados 172 vídeos em seu canal no youtube. Para acessar todos os vídeos, clique aqui.

Judite Barboza Trindade

 

Judite exercia militância estudantil desde os tempos de estudante secundarista em Maringá. Mais tarde continuou suas atividades políticas no curso de História na UFPR, culminando em sua prisão no comício estudantil na Chácara do Alemão. Apesar de achar que sua soltura seria apenas uma questão de dias, Judite foi condenada a 4 anos de prisão, mais tarde sendo revertida em 1 ano.

Osvaldo Alves

 

Médico em Mandaguari (PR) durante meados de 1967, Oswaldo não exercia militância ativa na política, entretanto, participava de algumas reuniões, sobretudo com membros do PCB. Oswaldo foi preso em 1975 durante a Operação Marumbi e submetido a sessões de tortura.

Renê Ariel Dotti

 

Um dos mais renomados advogados do Estado, Renê Ariel Dotti atuou em defesa de militantes presos durante a ditadura civil-militar no Paraná, em uma época em que as liberdades individuais eram cerceadas por todos os lados, conseguindo inúmeras vitórias no que tange aos direitos humanos. Seu depoimento é indispensável para aqueles que desejam entender melhor a repressão do período.

José dos Reis Garcia

 

Militante do PCB e atuante no Sindicato dos Bancários, José trabalhou no Banco do Brasil da Praça Tiradentes quando foi preso e torturado, devido a duas atividades políticas. Mais tarde, engajou-se na luta armada contra a ditadura.

Ildeu Manso Veira Júnior

 

Filho do militante político Ildeu Manso Vieira, Ildeu Júnior tinha dezessete anos quando foi preso com seu pai durante a Operação Marumbi na Rodoferroviária de Curitiba, assistindo às sessões de tortura de seu pai.

Antônio Narciso Pires de Oliveira

Mentor de vários projetos destinados à defesa dos direitos humanos, Narciso Pires atua na militância política até os dias atuais. Oriundo de Apucarana, fazia parte de um grupo que ajudava na reestruturação do PCB durante meados da década de 1970. Foi preso várias vezes, sendo submetido a várias sessões de tortura, sobretudo na Operação Marumbi, cumprindo pena por dois anos no Presídio do Ahú.

Wilson Previdi

 

Militante histórico do PCB, Wilson Previdi já exercia atividades políticas na décadas de 1940. Quando a ditadura foi implantada, Wilson Previdi trabalhava no Banco do Brasil da Praça Tiradentes, tendo protagonizado uma situação inusitada. Vendo seu companheiro José Garcia sendo preso, foi às pressas à casa deste, destruindo toda a documentação que pudesse comprometer José. Através de seu depoimento é possível entender estratégias utilizadas por membros do “partidão”, bem como entender os meandros da resistência democrática à ditadura.

Memórias da Repressão DOPS Paraná

 

O vídeo(documentário) foi produzido pela Secretaria de Comunicação social do Paraná em 1991. Representa o importante momento de abertura dos Arquivos da DOPS no Paraná. Esse material foi digitalizado pelo Arquivo Público do Paraná a partir do VHS da época (por isso apresenta imperfeições) e também pode ser encontrado no site “Memórias Reveladas” do Arquivo Nacional, aonde é possível encontrar diversos outros materiais produzidos pela DOPS, inclusive as pastas temáticas digitalizadas pelo Arquivo Público do Paraná.

Marlene Zanin

 

Marlene Zanin fez parte do DCE da UFPR no momento de reorganização da entidade estudantil no final da década de 1970, além de militar no movimento feminista e se mostrar uma estudante engajada. Sua análise do período foi bastante rica e única

Elizeu Ferraz Furquim

 

Elizeu Furquim foi diretor do Presídio do Ahú durante a década de 1970, tendo exercido o comando nesta instituição durante a Operação Marumbi, quando mais de 100 pessoas foram presas por suas atividades políticas. Elizeu atuou no sentido de providenciar condições dignas para os detentos, inclusive negociando a transferência de presos que estavam sofrendo maus-tratos nas dependências da DOPS para que pudessem ficar no Ahú com respeito a suas garantias individuais.

Luís Carlos da Rocha (Rochinha)

 

Filho de Expedito Rocha – um histórico militante do PCB – Rochinha atuou no período final da ditadura, participando de movimentos estudantis do final dos anos 1970.

Stênio Sales Jacob

 

Um dos maiores nomes do movimento estudantil contra a ditadura, Stênio Jacob foi eleito presidente da UPE (União Paranaense dos Estudantes) em 1967. É importante ressaltar que as entidades estudantis foram postas na ilegalidade tão logo a ditadura foi implantada. Stênio participou do congresso clandestino da UNE (União Nacional dos Estudantes) em Ibiúna (SP) em 1968, sendo preso com vários outros estudantes. Participou da ocupação da Reitoria da UFPR no mesmo ano, negociando um desfecho pacífico para a situação diretamente com o então governador, Paulo Pimentel.

Alcidino Bittencourt Pereira

 

Com uma marcante atuação em defesa dos trabalhadores, Alcidino organizou o Teatro Popular de Curitiba, juntamente com Edésio Passos e Walmor Marcelino, com peças e esquetes que visavam trazer certa orientação para os trabalhadores. Alcidino também foi atuante no Sindicado dos Metalúrgicos de Cubatão, sendo preso por suas atividades consideradas subversivas.

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Referências:
CALCIOLARI, Silvia. Ex-presos políticos e a memória social da tortura no Paraná (1964-1978). Curitiba: Assembleia Legislativa do Paraná, 2006.
HELLER, Milton Ivan. Resistência democrática: a repressão no Paraná. Rio de Janeiro: Paz e Terra, Curitiba: Secretaria de Cultura do Estado do Paraná, 1988.
OLIVEIRA, Narciso Pires de; SAHD, Fabio Bacila; CALCIOLARI, Silvia. Depoimentos para a história: a resistência à ditadura militar no Paraná. Curitiba: DHPaz, 2014.